A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou um projeto de lei em 5 de março de 2014 que documenta novas exigências de eficiência energética para datacenters federais. O projeto de lei exige que as agências reguladoras criem e façam cumprir as normas de eficiência energética para datacenters de órgãos do governo.
A finalidade deste parecer, desenvolvido pelo Uptime Institute, é emitir considerações para a criação de critérios de eficiência energética para datacenters do governo federal e comerciais. Considera-se que há muitos detalhes e conceitos a serem determinados à medida que a legislação for elaborada e promulgada. O Uptime Institute oferece sua experiência coletiva nos estágios de formação desta legislação para evitar quedas, atrasos de implementação e resultados potencialmente insignificantes.
O Uptime Institute é um órgão de pesquisa, consultoria e de certificação existente há muito tempo e independente de fornecedores. Ele atualmente trabalha para mais de 200 projetos de construção datacenter, dos setores privado e público, em mais de 60 países.
Outro característica chave distintiva do Uptime Institute é sua Network: uma comunidade de conhecimento global voltada exclusivamente para proprietários e operadores de datacenter para que abordem, em um ambiente colaborativo e baseado em experiência, desafios de tecnologia industrial e de gerenciamento para gerar confiabilidade, disponibilidade e eficiência energética. A Network foi lançada na América do Norte em 1993 e foi desde então expandida para a EMEA,
América Latina e Ásia Pacífico.
As lições aprendidas com as equipes de campo, os clientes e os membros da Network do Uptime Institute podem oferecer um insight exclusivo em relação ao processo de elaboração de leis referentes à eficiência energética de datacenter.
O Uptime Institute se posiciona no sentido de que muitas disciplinas e stakeholders dentro do datacenter são responsáveis pela eficiência energética. Elementos gerais que merecem atenção incluem:
- Utilização de hardware de TI
- Resfriamento de ar externo
- Eficiência de utilização de água (WUE)
- Recuperação de águas residuais
- Recuperação de calor residual
- Gerenciamento de fluxo de ar
- Eficiência do uso de energia (PUE)
- Identificação sistemática e descarte responsável de servidores inoperantes ou "mortos" e eletrônicos
- Eficiência de uso de carbono (CUE)
Além disso, o projeto e a construção de novos datacenters deverão receber consideração distinta, ao contrário de ambientes operacionais. Isto deve incluir os elementos acima, mas também inclui o suprimento responsável e o gerenciamento cauteloso da implementação em relação à necessidade de eliminar a perda de capacidade de datacenters ociosos.
O HR540 obriga o desenvolvimento de uma métrica de eficiência energética ou a adoção de uma já existente. De acordo com a experiência do Uptime Institute, as iniciativas ligadas à eficiência energética tendem a depender fortemente da taxa de Eficiência de Uso de Energia (PUE, Power Usage Effectiveness). A PUE pode oferecer uma medição útil, embora limitada, da eficiência no nível das instalações, desde que seja medida e comunicada correta e frequentemente.
Normalmente, os executivos seniores de TI tendem a usar a PUE incorretamente de maneira generalizada para a eficiência de datacenters. A PUE é uma medição onipresente na engenharia de instalações, não um meio efetivo de gerenciar a eficiência energética em datacenters de maneira geral.
O foco em uma medição única de eficiência não auxiliará os datacenters federais e comerciais dos EUA a reduzirem o consumo de recursos a longo prazo. A recomendação de longa data do Uptime Institute é uma avaliação multidimensional que considere o consumo de recursos, o desempenho, custos e a avaliação de ativos. Um sistema de medição baseado apenas em um desses elementos principais pode debilitar o objetivo desse projeto de lei e criar um resultado financeiramente inviável.
O Uptime Institute pesquisou de maneira única a eficiência energética abrangente e desafiou a setor a impulsionar comportamentos aprimorados e metodologias de administração eficazes.
Por exemplo, toda organização tem servidores subutilizados ou abandonados em seus datacenters. Servidores inoperantes desperdiçam energia e consomem capacidade. O Uptime Institute estima, com prudência, que 20% dos servidores sejam inoperantes, e que os servidores ativos sejam muitas vezes significativamente subutilizados.
Os profissionais de datacenter têm pouco incentivo para remover máquinas inoperantes, e a maioria dos executivos de TI não compreende o impacto que equipamentos de TI inativos têm sobre as estruturas de custo de suas organizações.
Como resposta, o Uptime Institute desafiou o mercado em geral a resolver o problema de servidores inoperantes participando do Server Roundup, uma iniciativa para promover a integração entre instalações e TI e de reduzir o custo e o consumo de energia de datacenters, evitando potencialmente um projeto de construção de datacenter caro e com uso intensivo de recursos.
O alcance da perda em datacenter causada por servidores inoperantes é evidenciado por resultados do Server Roundup: sete organizações inutilizaram e reciclaram um total de 40.000 unidades de equipamento de TI obsoleto. Os estudos de caso coletados do Server Roundup demonstram que remover servidores inoperantes terá um impacto consideravelmente mais significativo sobre o consumo de energia do datacenter do que aprimoramentos no nível de instalações, baseados na PUE. Ainda há muito a ser feito nesse aspecto especificamente, tanto no setor público quanto no privado.
A intenção geral do RH 540 é louvável e oportuna, mas há muitas oportunidades para consequências acidentais, tais como o gasto de grandes valores de dinheiro de contribuintes para aprimoramentos marginais e benefícios incertos. O Uptime Institute preza a oportunidade de contribuir com este esforço legislativo para além desta resposta inicial de posição de alto nível.
Entre em contato com o gerenciamento executivo do Uptime Institute abaixo para perguntas e suporte adicionais. Estamos à disposição para dar suporte a estes esforços.
Lee Kirby, Uptime Institute CTO - [email protected]
Julian Kudritzki, Uptime Institute COO - [email protected]
Scott Killian, Vice President of Energy Programs - [email protected]